Vamos Tocar!
Guia para Percussionistas Iniciantes
Vídeo 1
Princípios da leitura de partituras:
A pauta, os compassos e as barras de compasso
Olá!
Nessa série de vídeos vamos iniciar o caminho para o domínio técnico de caixa e os princípios para leitura de partituras.
Vamos precisar de um par de baquetas com ponta de madeira, e um praticável. O praticável pode ser de borracha ou, como opção, um tamborim com abafamento interno. Se for possível ter em casa, uma caixa para aplicação de alguns exercícios.
Todos os exercícios estarão disponíveis para consulta e também para download no link da descrição.
Começando pelos pontos teóricos da leitura de partituras…
Em música nós tratamos de sons utilizados musicalmente, ou seja, com um propósito musical. Tanto faz se é o de um violino ou de um reco-reco. Se a finalidade do uso for musical, estaremos produzindo música.
Os sons musicais podem ser divididos principalmente em sons de altura definida e os sons de altura indefinida.
Como altura definida entendemos os instrumentos que emitem uma nota específica como a flauta, o piano, o trombone. Por altura indefinida os sons de instrumentos que não emitem uma nota específica como o prato, a caixa ou o bumbo. Todos esses sons podem ser representados graficamente utilizando uma partitura ou uma pauta musical.
Em música, nós escrevemos esses sons utilizando o suporte do pentagrama, que é um conjunto de cinco linhas horizontais, onde também contamos os espaços, para representar os sons musicais. Nós contamos as linhas e os espaços de baixo para cima.
Para os sons de altura definida, no início da pauta teremos um símbolo denominado clave. A clave indica a posição das notas no pentagrama. Por exemplo, a clave de sol nos diz onde se localiza a nota Sol e a partir daí podemos localizar todas as outras.
Se quisermos escrever para caixa utilizando um pentagrama, vamos representar o som da caixa na terceiro espaço. Mas como vamos utilizar apenas um som principal, o som da pele da caixa, então podemos utilizar uma pauta com apenas uma linha.
Essas linhas podem ser cortadas por linhas verticais que delimitam um trecho específico. Essa delimitação chamamos de compasso.
Cada compasso pode ter uma quantidade específica de pulsações regulares e daí passamos ao compasso seguintes, e seguinte. O pulso, assim como a nossa pulsação, deve ter certa regularidade para orientar a prática musical. Em outras palavras, Compasso é a divisão de um trecho musical em séries regulares de tempos. Quanto nós determinamos a velocidade dos pulsos, os limitamos e agrupamos em compassos, chamamos de Tempo.
Vamos Tocar!
Como segurar as baquetas?
Temos duas formas principais de segurar as baquetas:
a pegada semelhante e a pegada tradicional.
Nos vídeos usaremos a pegada tradicional, mas todos os exercícios podem ser realizados nas duas pegadas.
Utilizaremos quatro movimentos que guiarão nosso controle técnico.
Esses movimentos exploram os rebotes (full strokes), os rebotes controlados (down strokes), toques de preparação (up strokes) e toque com dinâmica baixa (tap strokes).
O primeiro é o Full Stroke ou o toque feito com o movimento completo.
Com a pegada correta, posicionamos a ponta da baqueta pra cima utilizando os punhos. A baqueta deve tocar e voltar ao mesmo ponto com um movimento utilizando o rebote da superfície. A baqueta quando segura da forma correta, terá uma rebote natural e esse é o movimento mais básico: tocamos e ela deve voltar ao ponto de origem em um só movimento.
Cuidado para não realizar com dois movimentos!
O símbolo na pauta será de um seta para cima e uma para baixo.
Nós vamos contar em voz alta até quatro com regularidade, a cada contagem tocamos uma vez. Ou seja, cada compasso terá quatro tempos. As letras D e E indicam mão direita ou mão esquerda.
Podemos repetir cada exercício completo 10 vezes (não perca a conta)
Ex. 1
Ex. 2
Ex. 3
Ex. 4
Neste exercício as mãos tocarão juntas. Se a altura das baquetas
for a mesma, se o gesto for o mesmo cumpriremos nosso objetivo de ter
apenas um som.
Comentários
Postar um comentário