Vamos Tocar!
Guia para Percussionistas Iniciantes
Vídeo 10
Princípios para leitura de partituras
Dinâmica - Parte 2
A Dinâmica controla os níveis de intensidade que utilizamos em notas, partes de compasso, compassos e trechos inteiros de uma peça musical. Esse controle de dinâmica se dará pelo controle da altura da baqueta. Com isso compreendemos que quanto mais distante a ponta da baqueta estiver da pele, mais forte será o som. Quanto mais próximo da pele, mais suave.
A marcação de dinâmica virá marcada abaixo da pauta.
Os níveis dinâmica podem ser (em ordem crescente de intensidade):
pp (pianíssimo) – Muito suave
p (piano) – suave
mp (mezzo-piano/ meio-piano) – “meio suave”
mf (mezzo-forte/ meio forte) – Volume normal quando tocamos relaxados
f (forte) – “só” Forte
ff (fortíssimo) – Muito Forte (mas com controle)
Ainda podemos ter dois sinais que indicam aumento ou diminuição da intensidade gradativamente:
Crescendo - Gradualmente fica mais forte
Decrescendo (Diminuendo) – Gradualmente fica mais suave.
ATENÇÃO!
As marcações de dinâmica não tem relação com o tempo.
Quando for tocar mais suave, não diminua o andamento. E quando for tocar mais forte, não acelere!
Lembre-se: Uma das principais responsabilidades do percussionista é proporcionar um andamento estável!
Técnica 🔧
Paradiddles
Já vimos em nosso caminho de aprendizado técnico três rudimentos: O toque simples, O toque múltiplo e o toque duplo.
Os próximos rudimentos que veremos são da família dos Paradiddles e misturam toques simples e toques duplos: O Paradiddle simples e o Paradiddle Duplo.
O nome vem da língua inglesa, e é uma onomotopeia. Ou seja, a expressão vocal do que se quer tocar. Pa Ra (toques simples alternados) Diddle (um toque duplo)
O baqueteamento obedece uma ordem específica tendo um acento na primeira nota e as outras não acentuadas: down, up, tap, tap preparando para um novo paradiddle para o outro lado.
Pratique com calma para aprender os movimentos.
Uma outra variação muito importante do Paradiddle simples é o Paradiddle Duplo (Double Paradiddle)
A sequência de toques para executar este rudimento será: Down, tap, tap, up, tap, tap.
Vamos Tocar! 🥁
Ex. 1
Ex. 2
Ex. 3 - Teremos 3 gradações de Dinâmica: Piano, Meio Forte e Forte; além de um crescendo do Piano ao Forte.
Ex. 4
Ex. 5
Um outro ponto técnico importante para a execução na caixa são os Ornamentos.
Em música, os ornamentos são notas ou grupos de notas acrescentadas para adornar as notas reais de uma melodia ou linha rítmica. As notas reais são aquelas que integram uma melodia ou linha rítmica e sem as quais a música ficaria incompleta.
Veremos as apojaturas simples e duplas.
As apogiaturas simples em percussão são também chamadas de Flam. Nome que vem de uma onomatopeia da língua inglesa e que aqui poderíamos chamar de Prá.
O Flam é composto por dois toques: O nota do ornamento (que será um Tap ou Up) e a nota principal (que será um Full ou um Down). A ideia é que as duas baquetas toquem juntas. Mas naturalmente uma chegará primeiro que a outra gerando o som de Flam. A nota de ornamento não deve roubar o valor da nota principal.
As apogiaturas duplas em percussão também são chamadas de Drag. O nome também vem do inglês e significa arrastar, e remete ao som das notas "arrastadas" antes da nota principal.
Para executar o Drag partimos da mesma ideia do Flam:
Uma baqueta embaixo, usando agora um toque duplo, antes da nota principal em cima pronta para o toque. É importante que os dois toques sejam explicados e não haja confusão com o toque múltiplo.
Vamos Tocar! 🥁
Ex. 6
Ex. 7
Ex. 8
Ex. 9 - Flam Tap - Um flam seguido de um tap com a mesma mão.
Ex. 10
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